Mesmo ainda faltando o depósito do último decênio, o valor já
depositado em maio representa um aumento de 10,3% em relação a abril,
quando as prefeituras receberam R$ 130,2 milhões na soma das três
parcelas do FPM no mês. Só a primeira parcela de maio, depositada no
último dia 10, representou um repasse de R$ 124.569.472,73 às cidades do
Estado. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira
(Siafi) do Tesouro Nacional.
As cidades de João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita são as que
recebem o maior volume de recursos. A capital obteve R$ 18,9 milhões com
as duas parcelas de maio, enquanto Campina Grande ficou com pouco mais
de R$ 4,8 milhões e Santa Rita com cerca de R$ 2,2 milhões. Mas 137
cidades da Paraíba recebem a cota mínima do FPM, por terem menos de 10
mil habitantes. Cada um desses municípios obteve cerca de R$ 389,7 mil
durante maio.
No total do ano, a Paraíba já recebeu R$ 763,7 milhões com o FPM, sem
contar os repasses do Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).
BRASIL
Em todo o país, a segunda parcela de maio garantiu o repasse total de
R$ 594,8 milhões para todos os municípios brasileiros, o que representa
um aumento real de 3,8% em relação ao segundo decênio de maio do ano
passado, segundo estimativas da CNM. Mas o repasse efetuado ontem foi
2,1% menor do que o estimado pela Receita Federal para o período. No
total do mês, os municípios brasileiros receberam só em maio cerca de R$
5,5 bilhões.
No acumulado do ano, o FPM já repassou R$ 30 bilhões aos municípios
brasileiros, valor referente ao total do mês de janeiro e abril, além
das duas parcelas de maio.
Ainda de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, o
acumulado do ano é 0,2% menor do que o registrado no mesmo período de
2012, já descontando a inflação do período.
CNM COBRA MAIS 2%
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo
Ziulkoski, reivindica aumento de 2% no Fundo de Participação dos
Municípios (FPM). Segundo o líder do movimento municipalista, a nova
bandeira surgiu da necessidade de socorrer as prefeituras que sofrem com
a grave crise financeira que o país atravessa atualmente. O objetivo da
CNM é garantir uma melhor distribuição de receitas entre os entes da
federação.
A reivindicação é no sentido de aumentar o FPM de 23,5% para 25,5%,
sendo que estes 2% adicionais sejam creditados no mês de junho de cada
ano. Assim, a CNM acredita que os gestores terão dois repasses
adicionais do FPM, sendo um no meio do ano e outro em dezembro. “O apelo
é para ajudar a enfrentar a crise que atinge a maioria dos municípios
brasileiros”, justificou Paulo Ziulkoski.
De acordo com dados da CNM, o acréscimo de 2% representariam cerca de
R$ 6 bilhões aos municípios brasileiros, o que seria praticamente o
valor médio mensal do repasse durante o ano de 2013. Desde 2007, é
creditado, no primeiro decêndio de dezembro, o repasse 1% adicional.
“Esse adicional foi uma conquista da CNM e do movimento municipalista”,
afirma Ziulkoski.
No período de 2007 até 2011, o adicional foi de R$ 12,5 bilhões. Em 2012 o montante foi de R$ 2,87 bilhões.
COMPOSIÇÃO
O FPM é composto de 23,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e
do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De dez em dez dias são
creditados no Fundo 22,5% deste bolo para ser partilhado entre todos os
municípios brasileiros.
MÊS DEVE FECHAR COM CRESCIMENTO DE 43%
Estimativas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontam que
o mês de maio deve ter um crescimento de 43% em relação abril. A última
parcela de maio será depositada no próximo dia 30, com valor estimado
em R$ 44,7 milhões para as prefeituras da Paraíba, segundo previsão de
arrecadação da Receita Federal.
Se a previsão se confirmar, o mês de maio terminará com um total de
R$ 188,2 milhões para a Paraíba, sendo o segundo maior volume do FPM no
ano, ficando atrás apenas de fevereiro com R$ 211,2 milhões. Em
comparação a maio de 2012, o aumento deve chegar a 10,8%, já que no
mesmo período do ano passado o repasse atingiu a marca de R$ 170 milhões
no estado.
A CNM alerta aos prefeitos que tenham prudência na execução de suas
despesas a partir do mês de junho, pois historicamente há queda no
decorrer do segundo semestre. “O FPM no segundo semestre não tem o mesmo
do primeiro semestre, se recuperando somente a partir de novembro e
dezembro. Há uma sazonalidade típica dos repasses”, explica Paulo
Ziulkoski. Para o mês de junho a previsão é de queda de 11% em relação a
maio, a estimativa para o mês de julho é de 12% menor do que o valor de
junho.
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